sexta-feira, 23 de março de 2007

relatorio das lI Jornadas Internacionais de Jornalismo

Na passada sexta-feira, dia 2 de Março, realizaram se ás II Jornadas Internacionais de Jornalismo, na Universidade Fernando Pessoa, com o principal tema: Porquê estudar o jornalismo?
A abertura da sessão teve inicio as nove horas da manha e estive ao encargo da Professora Doutora Maria do Carmo Castelo Branco, directora da faculdade de ciências humanas e sociais, Professor Doutor Jorge Pedro Sousa (organizador), Professor Doutor Paulo Cardoso, Director do Centro de Estudos da Comunicação da UFP e do Departamento de Ciências da Comunicação da UFP, e o Magnifico reitor da Universidade, Professor Doutor Salvato Trigo.
Neste relatório de presença irei abordar a mesa dos discursos inaugurais.
Nestes discursos participaram, o Doutor José Marques de Melo, da UNESCO e Universidade Metodista de São Paulo, Presidente da INTERCOM, o Doutor José Esteves Rei da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Doutor Moisés Martins, da Universidade do Minho, Presidente da SOPCOM e o Doutor Xosé Ramón Pousa, da Universidade de Santiago de Compostela, Secretário da ASGIC.
O professor Doutor José Marques de Melo, foi-nos apresentado como tendo um percurso “brilhante na comunicação.”É reconhecido por ser o “ pilar da sociedade de internacionalização do Brasil”e por ter sido o primeiro doutorado na área do jornalismo, no Brasil. O professor já tinha estado presente nas primeiras jornadas Internacionais de Jornalismo realizadas na nossa Universidade;
Desta vez falou – nos um pouco sobre o jornalismo e a sua história, a historio do jornalismo Brasileiro, os três axiomas de Balzac (“Monografia da imprensa Parisiense”).
Na minha óptica, creio que este foi dos discursos mais cansativos visto que o Professor limitou se a ler de forma monótona não sabendo despertar a atenção e curiosidade do publico., o que é lamentável ver num Professor de Comunicação tão prestigiada como é o caso. Pois sendo mestres, deveriam nos dar o exemplo.
No seguimento, dos discursos inaugurais, tivemos a apresentação do professor Doutor Moisés Martins, autor de diversas obras entra as quais, a mais recente A Sabedoria, a linguagem, e o poder.
O discurso iniciou se com uma espécie de “homenagem” ao Professor Doutor Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa, pioneiro em estudos do jornalismo.
De seguida, falou-nos numa parceria entre o Jornal Público e as escolas, “O público na escola”, uma edição especial, gratuita, tendo um carácter pedagógico e didáctico. A sua função é dar formação ao jornalismo. Nesse sentido, promove um concurso nacional anualmente, de jornais das escolas em quatro níveis (escolas primarias, básicas, secundarias, universidades) As melhores escolas juntam se na Fundação Serralves para a eleição do melhor jornal.
O professor não pude estar indiferente a transformação em que o processo de Bolonha instalou nas nossas Universidades e abordou um pouco as suas mudanças.
Segundo ele é uma mudança do paradigma do ensino superior., e traz um sério risco aos estudos das ciências da comunicação pois “ o problema é que as pessoas pensam que o jornalismo não é um curso sério.”e que “querem acabar com o curso de ciências da comunicação”pois é “carácter geral”.Em vez de cultura querem investigação”Hoje na Universidade (publicas) a ordem para a mudança de paradigma é que a cultura sim, mas só um quoto.”Visto que é um “desperdício para uma Universidade Publica cursos de carácter geral.”
O professor, lamenta esta situação e defende o seu ensino., e justifica se com o seguinte:
“Na Idade Media, aquilo que hoje passa de um quoto, era a razão de ser das Universidades” Questionou-nos o que seria o Homem sem as suas ideias vitais e as suas convicções? A Universidade contemporânea complicou, segundo ele, o ensino e sobretudo consagrou se a investigação e a desvalorização da transmissão da cultura.
Em vez de ensino querem negocio, em vez de professores nas Universidades vimos cada vez mais, engenheiros, Homens de negocio, cientistas (..).
O professor defende que deveríamos estudar o jornalismo, por causa da comunidade. A sua sobrevivência precisa de memória., o jornalismo exprime a realidade da época, pela salvação do discurso da “cidadania” e pelo espírito crítico.
Entre as criticas apontadas ao jornalismo de hoje, esta o facto de considerar que se deixa levar pela emoção.
Talvez, a razão para a vontade de acabar com seu ensino será pelo facto, de o discurso ser de vigilância, exercício crítico dos poderes, e talvez não interessa ao estado o desenvolvimento destas competências.
A finalizar esta primeira mesa, tivemos o discurso de xosé Ramon, director comunicacional da “voz da Galoria” e Rádio Antena 3 “A Galiza”.
Segundo este conferencista, estamos perante um dilema: poderão os meios de comunicação funcionar sem os estudos da Comunicação?”.

Segundo Xosé Ramon, a nova filosofia das universidades tem que passar pelo equipamento destas, nomeadamente com laboratórios de rádio, televisão, imprensa para a prática dos seus alunos. Os programas de intercâmbio fornecem acesso ao emprego e acreditação de profissionais na Europa, facilitando o reconhecimento profissional a nível Europeu.
Como conclusão, creio que todos vêem no estudo do jornalismo uma ferramenta essencial para o futuro da sociedade, e defendem o seu ensino numa abordagem mais pratica com laboratórios qualificados.
Eu concordo perfeitamente com estas conclusões, todavia lamento que como estudante do curso de ciências da comunicação e aluna da Universidade inauguradora, não tenho sentido essa vertente pratica, ou melhor é sentida muito raramente. Só agora no último ano teve contacto real com os laboratórios e pergunto me não será tarde demais, ou melhor tempo insuficiente para quem é finalista?

Sandra Cunha

reportagem sobre a alimentação ( poderá sofrer alterações nomeadamente a inclusão de fotos)

Entre filosofias de que “magreza é beleza” e que “gordura é formosura” será que a nossa história vai ter um final feliz?
Actualmente, a obesidade é um problema de saúde pública que tem vindo a aumentar.
Prova disso, é o último relatório da OMS/FAO publicado em 2003, onde refere que a epidemia da obesidade atingiu já em 2003 quase todos os países ricos e pobres.
Na maioria dos países europeus a prevalência da obesidade é de 10% A 25%, e o caso Português é ainda mais alarmante visto que 35,2% dos portugueses tem excesso de peso e que 14% são obesos.
Cláudia Silva, nutricionista falou-nos sobre a sua preocupação e alertou-nos para o perigo da obesidade infantil: “a obesidade quer no mudo que em Portugal é um problema de saúde pública e penso que esta a aumentar, e esta a aumentar numa faixa etária preocupante que é nas crianças e adolescentes e é preocupante porque é neles que recorremos o risco de virmos a ter adultos obesos”, afirma.
De facto, são nos pré-adolescentes que isto se torna mais visível.
No ensino básico, as crianças são ensinadas a terem uma alimentação saudável, aprendem a roda dos alimentos e as escolas costumam praticar uma politica de alimentação saudável nas suas cantinas e bares. Isabel de 12 anos conta nos que costuma comprar nos intervalos da escola um sumo e um bolo ou um pão com manteiga porque “na escola não vende gomas e muito chocolate”.
Na realidade, são nestas idades que as crianças estão, de certa forma, protegidas pois enquanto ainda comem nas cantinas estão “sujeitos” a terem como sobremesa uma peça de fruta ou iogurte, levar uma salada a acompanhar a refeição, levar sopa e uma água para beber. Quando chegam a casa, na maioria das vezes devido ao ritmo de vida dos pais, isso nem sempre é possível. “Sopa, nem sempre, só quando tomo na escola” na realidade consumem peixe com pouca regularidade, dai que seja essencial fundamentar o gosto e a rotina do seu consuma nas escolas.
É na pré-adolescência que o caso se torna mais preocupante pois é aí que eles começam a ter uma certa liberdade de escolha e aí nem sempre, muito raramente, ou nunca, almoçam nas cantinas das escolas, mas optam, por fazê-lo nos cafés e nas cadeias fast-food mais próximas.
Susana, estudante de 15 anos revela que costuma tomar coca -cola como pequeno-almoço! Apesar de surpreendente, afirma que é algo frequente entre ela e os seus colegas. Nos intervalos costumam repetir a dose. Susana, revela ainda que come a sua comida preferida, pizza, com frequência.
Sandra, de 12 anos, firma que se pudesse escolher entre comer fast-food ou algo caseiro escolheria pizza! De notar, que estes entrevistados, apesar de gostaram de fruta nunca a escolheria como sobremesa face a um bolo ou gelado.
Não há uma consciência real dos perigos de não ter uma alimentação saudável; e já se começam a sofrer esses efeitos, e a obesidade não é a única consequência de uma alimentação desequilibrada porque, além das doenças como o diabetes a anorexia, também tem vindo a aumentar, e de acordo com a nutricionista começam a surgir em Portugal alguns problemas com a anorexia e hiper anorexia nervosa e lamentavelmente “mais daqueles que imaginamos”.
Os dados do Instituto Nacional de Saúde revelam que não é só o número de indivíduos com excesso de peso que tem vindo a aumentar, mas que, igualmente, o numero de indivíduos com um peso extremamente baixo, comprovando a existência de uma alimentação insuficiente, excessiva ou desequilibrada na maioria dos indivíduos.
Mas o que será, afinal, uma alimentação saudável?
Cláudia Silva afirma que “ uma alimentação saudável é, em primeiro lugar, aquela que tem que ser completa, variada e equilibrada e seguir, no fundo, tudo aquilo que é concebida na roda dos alimentos, comer de 3 a 3 horas, não comermos muitas gorduras, termos cuidado com os doces e mexer nos”.
A maioria não tem noção do quanto mal faz saltar refeições, principalmente o pequeno-almoço. Se o caso for falta de tempo, a melhor solução será trazer algo consigo, pois saltar refeições contribui para a perda de massa muscular. As consequências de não tomar o pequeno-almoço são ainda maiores sendo algumas hipoglicemias matinais, falta de atenção e a diminuição do rendimento intelectual.
A falta de tempo é então inimiga da alimentação saudável dos portugueses e da nossa chamada “alimentação mediterrânea” da qual nos distanciamos cada vez mais.
A dieta mediterrânea é o resultado de uma saudável e equilibrada combinação de ingredientes, características dos países mediterrâneos. Segundo Cláudia Silva a cozinha portuguesa é, sem sombra de dúvidas, apropriada a uma alimentação saudável e é preciso nos manter no bom caminho. “ É muita rica em cozidos em grelhados, churrascos, caldeiradas e apesar de fritos e assados, esses são, basicamente, herdados. O que é preciso é tomar em conta algumas medidas alimentares que não são as nossas ,s, saincorrectos, são comidas plásticas de muitos confeccionados, alimentos muito densos em calorias e pouco ricos em termos nutricionais. Portugal ainda esta inserida dentro do padrão de alimentação mediterrânea e penso que deveríamos manter no bom caminho”.




Cláudia Silva, chama ainda atenção para a importância da água e sopa nas nossas alimentações. “a sopa é muito rica em hortaliças e em tudo que está associado a vitaminas e minerais e se for tomado ao inicio das refeições quebra um pouco o apetite e portanto pode ser uma boa medida de prevenir a obesidade”.
A maneira mais comum de perder peso, parece continuar a ser ,,,,,,asssatravés de comprimidos, mas Cláudia Silva, avisa que não podemos esperar perder peso, rapidamente, de uma forma correcta e que não tenhamos ilusões: Se alguém perder peso com medicamentos, assim que os deixar de tomar, se não mudar os seus hábitos alimentares e fizer exercício físico, retorna rapidamente ao peso anterior, por isso, é preciso ter cuidado com a boca”.
Para esta profissional de saúde, a melhor forma de perder peso é, de facto, ter cuidado com o que se come, mas como é menos penoso ingerir medicamentos que segurar o apetite, as pessoas recorrem às farmácias como auxilio base.
Para perder peso correctamente é preciso recorrer a um nutricionista com um plano alimentar ajustado a cada pessoa, ao seu peso e actividade e aumentar a pratica de exercícios. Chama atenção que “ter uma boca saudável não significa necessariamente passar fome, só 2% dos meus doentes dizem que sentem fome as vezes.”
O que é preciso é ter determinação, e conforme Cláudia Silva conta “o problema está em cumprir”. De facto, embora sejam as mulheres que a procuram com mais frequência, principalmente na Primavera quando esta a chegar ao Verão, os homens costumam ter melhores resultados, uma vez que são, segundo a nutricionista, mais determinados, “Um homem, quando esta decidido a cumprir um plano alimentar, cumpre o mais de que uma mulher.

Um caso de sucesso
Hélder Barbosa, de 27 anos, é um verdadeiro caso de sucesso e o retrato de determinação e força de vontade.
Gerente de um restaurante fast-food tomou há dois anos uma opção: iria perder peso, ou seja, adoptar uma alimentação saudável, o que considera ser uma melhor maneira de estar na vida. A decisão não foi fácil devido à facilidade com que se deparava diariamente com fast-food, mas estava determinado a fazê-lo. Visitou uma nutricionista e, a partir daí, ,consegui gerir e cumprir seu plano alimentar sozinho, com muita força de vontade.
De facto, perdeu 40 quilos em três meses, “Comecei a comer de uma forma mais equilibrada, e isso significa, comer menos quantidade nas poucas refeições que antes fazia, aumentar o número de refeições e repartir entre elas. Introduzi sopa no menu, o que foi muito importante, fruta e água. Antes bebia pouca e agora bebo pelo menos 3 litros por dia. Deixei de comer as porcarias que fazem mal!”.
O seu segredo? Muita determinação. Não passa fome e nunca deixou de comer e confessa que vai uma vez por mês ao fast-food “para tirar desejos “ (…).
O truque será aumentar o número de refeições e comer, um pouco, em cada uma delas.
Esses são os “ingredientes” para que todos possamos ter uma alimentação saudável e assim ter, também um final feliz.

Sandra Cunha, 14774,3º ano de Ciências da comunicação