terça-feira, 1 de maio de 2007

Criança Índigo: a geração para uma nova era

Muito se fala de Crianças Índigo mas a informação que muitas vezes aparece não é a mais correcta.
O nome vem da cor azul da sua áurea, são Crianças que possuem características que muitas vezes se confundem com paranormalidade. Elas vêm mais além, percepcionam coisas que mais ninguém consegue. São os seres da nova era, que chegam ao Mundo para revolucionar o sistema imposto pelos outros humanos.

Existem desde sempre, mas nunca catalogadas com este nome. Prevê-se que tenham surgido nos anos setenta, mas foi nos anos oitenta e noventa que se passou a designar a sua existência. Possuem uma amplitude de consciência e uma evolução de alma, vendo a vida com outros olhos.
Para Tereza Guerra, responsável pela Fundação Casa Índigo, em Portugal, «a Criança Índigo possuem uma estrutura cerebral capaz de utilizarem simultaneamente as potencialidades do hemisfério direito e esquerdo, isso significa que elas conseguem ir muito mais além do plano racional e intelectual, desenvolvendo capacidades espaciais, intuitivas, criativas e espirituais, por isso necessitam de um ambiente propício ao desenvolvimento das potencialidades que nos vão ajudar, num futuro próximo, a mudar muita coisa que precisa ser mudada no mundo em que vivemos, nomeadamente a diminuir a distância existente entre o pensar e o agir».
Por seu lado Maria Jardim, psicóloga e docente na UFP diz-nos que «as Crianças de hoje são diferentes porque têm uma energia diferente, porque conseguem perceber e percepcionar as coisas de outra maneira, já conseguem ter uma percepção e consciência das coisas que nós, há muitos anos atrás, talvez não tivéssemos.»

Seres Especiais

De entre várias características que as Crianças Índigo possuem, facilmente são confundidos com Crianças hiperactivas, pois distraem-se com facilidade, a menos que estejam envolvidos em alguma coisa do seu interesse e possuem um comportamento que, mais vezes do que deveria, é classificado de desordeiro, irreverente e mal-educado.
«Muitas vezes é mais fácil para os pais levarem as Crianças ao médico e, darem-lhes medicação, do que tentar perceber os seus filhos. No entanto, podemos perceber que a Criança apenas necessita de muito amor», desabafa Maria Jardim.

A partir dos 3 anos, qualquer pai pode perceber que o seu filho é Índigo, se detectar nele algo de bizarro. «As Crianças vêem coisas que nós não vemos.Temos que ser mais sensíveis para lhes dar a oportunidade de eles nos ensinarem aquilo que nós ainda não percebemos», afirma a discente Maria Jardim.
Para se diagnosticar que são Índigo, deve ser feito um teste. No livro de Tereza Guerra, sobre o mesmo tema, existe um questionário capaz de identificar as características destes seres humanos especiais.
Perguntas relacionadas com a própria morte, pessoas que já faleceram e perguntas adultas de mais para a idade, não são o conceito que tínhamos de uma Criança habitual. Elas possuem uma memória privilegiada o que as faz, por vezes, falar de vidas passadas, com toda a naturalidade.
O Índigo não gosta de autoridade, daí ter como característica a capacidade de dizer não e «as pessoas não estão preparadas para lidar de igual para igual com Crianças, estão habituadas a serem os pais a mandar e os filhos a obedecer».
De facto, a relação pais e filhos tem que ser diferente, de maior tolerância, com valores e quadros comunicativos reestruturados, «devemos repensar os nossos valores e equilibrar o quadro da comunicação, usar outro tipo de linguagem e estar mais abertos ao que chamamos intuição e sensibilidade”, afirma Maria Jardim porque, «desde que as famílias estejam bem estruturadas e harmonizadas as Crianças vivem serenas e felizes», assume Tereza Guerra.
De um modo geral, deixar de ouvir as Crianças e partir para um comportamento de agressividade não funciona com nenhuma delas e, muito menos, com um Índigo. A relação comunicativa de conter prazer e não dor, ser baseada no sentimento de amor e não no sentimento de medo.

O papel dos professores

O interesse de Maria de Lurdes Teodósio, educadora de infância, surgiu devido às exigências de actualização da sua profissão. Pesquisou na Net e leu alguns livros da especialidade. No entanto, Maria de Lurdes considera que, este tipo de temas não se encontra ao alcance de todos e que pode até não ser bem interpretado por classes baixas: «Os pais não tem conhecimentos para falar sobre estes assuntos comigo», afirma com preocupação.
Do comportamento das Crianças de hoje em dia afirma que «são complicadas, são muito agressivas, irrequietas e com dificuldade na concentração. Maria de Lurdes diz ainda que, neste momento, «estamos a passar uma fase muito complicada a nível de ensino, porque os pais tem muito pouco tempo para dar aos filhos a atenção necessária». O facto de trabalharem faz com que deixem os filhos o dia todo na escola, chegando sem tempo e disposição para lhes dar a atenção que precisam e «isso faz com que se nota a falta de laços familiares», conta Maria de Lurdes.
Em 22 anos de trabalho esta educadora de infância afirma nunca ter detectado características que lhe permita afirmar que são Índigo, no entanto, podemos perceber pela caracterização que fez das Crianças de hoje que, muitas delas, apresentam as características necessárias para serem classificadas de Índigo.
No entanto, «a nível escolar podemos detectar a falta de informação», defende Maria de Lurdes que insiste, em conjunto com as especialistas, na formação efectiva dos educadores: «a nível de colegas nem todos conhecem o vocábulo Índigo e estão sujeitos a terem uma Criança com estas características e não saberem lidar com elas, daí ser muito importante a formação para professores.
Este facto, mostra que é extremamente necessário haver formação a educadores de forma a possuírem o conhecimento necessário, para futuramente lidarem e educarem, de forma correcta, estas Crianças.
Segundo Tereza Guerra “É importante o esclarecimento para que as pessoas que lidam com as crianças o saibam fazer de forma mais correcta e adequada”. Porque “ser Índigo não é nenhuma desgraça ou deficiência. Qualquer pessoal minimamente equilibrada sabe lidar com isso sem problemas “.

Os vários Índigo (baseado no site http://www.casa-indigo.com/)

Porque cada Criança é única, possuindo características diferentes e comportamentos diferentes, os Índigo também podem ser divididos em vários tipos: humanistas, conceptuais, artistas e interdimensionais.
Os humanistas apresentam características tais como: Muito sociais, conversam com toda a gente e fazem amizades com muita facilidade. São desastrados e hiperactivos. Não conseguem brincar só com um brinquedo, gostam de espalhá-los pelo quarto, mas na maioria das vezes não peguem na maioria. Distraem-se com muita facilidade.
Os conceptuais estão muito mais virados para projectos do que para pessoas, assumem uma postura controladora. Tem tendência para outras inclinações, podendo na puberdade se interessarem por drogas, principalmente quando se sentem rejeitados ou incompreendidos. Temos que lhes dar especial atenção, daí a redobrada atenção por parte de pais e educadores em relação aos seus padrões de comportamento.
Os artistas são criativos em qualquer área a que se dediquem. Entre os 4 e10 anos poderão interessar-se por 15 áreas diferentes, largando uma e iniciando outra, muito rapidamente. Quando atingirem a puberdade, conseguem então escolher uma área definitivamente.
Por último temos os interdimensionais que entre os seus 1 e 2 anos os pais não podem tentar ensinar-lhes nada, pois eles responderão que já sabem e que podem fazer sozinhos. Normalmente, porque são maiores que os outros tipos de Índigos, mostram-se mais corajosos ainda e por isso não se enquadram nos outros padrões.
Liliana Duarte

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